segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

EU SOU UM VENDEDOR DE PICOLÉS (I)

Gostei de ler o que escreveu a neurocientista Suzana Herculano-Houzel:
"Podemos mudar a história: a partir do momento em que tomamos ciência de nossos sentimentos. Se nosso córtex pré-frontal não consegue mandar no hipotálamo, ele ao menos nos permite reconhecer nossos impulsos... e mudar de ideia. Agir diferente. Conter um impulso. Responder diferente. Não escolhemos por quem nos apaixonamos -- mas temos, sim, o poder de decidir o que fazer a respeito..." (Folha de S. Paulo, de 26.1.2-12).
A premissa se aplica ao nosso passado. Não podemos mudá-lo, mas podemos decidir o que faremos com ele.
Quando eu era menino, morava perto de uma linha de trem, na qual brincava. Minha mãe dizia que não deveria ultrapassar o asfalto, no caso a rodovia BR 31 (hoje BR 101), na entrada de Vitória (ES).
Acontece que eu vendia picolés (de coco, creme, chocolate e abacaxi) numa caixa e precisava explorar novos mercados e voltar com a caixa vazia para casa. Então, voz materna guardada no peito, olhos atentos aos carros na rodovia, eu explorei o outro lado.
Minha mãe (obrigado!) já morreu e eu continuo buscando outros mercados para vender meus picolés.


Desejo-lhe um BOM DIA.
Israel Belo de Azevedo

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