segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Cabo Frio e a sua Nova Realidade


    Dr. Marcelo Paes

* A derrota do Comilão é algo a ser comemorado por todos. Com uma prática política falida, pautada na cara de pau, no fingimento, e naquela vontade de ser um “malandro agulha”, como chamamos no Rio de Janeiro aqueles bobos que se acham espertos porque ficam se enfiando em tudo o que conseguem, a sua derrota é redentora para a cidade.

* Por outro lado, a vitória de Wanderlei Bento como mais votado da cidade mostra que Alair estava certo ao buscar a parceria com Silas Bento. A família foi humilde na campanha, não brigou por espaços, não deu cotovelada em ninguém, mas tem agora muito a comemorar. E, evidentemente, justo como parece ser, Alair saberá reconhecer a atitude dos Bento durante a campanha, dividindo com sabedoria as responsabilidades do governo.

* A eleição de Vinícius Correia é também um fato a ser comemorado. Vinícius é uma pessoa esclarecida, e poderá contribuir muito para o processo de abertura democrática do governo, fazendo com que Alair seja mais um ouvinte esclarecido dos anseios da população trazidos pela classe política, do que um mandatário fervoroso, pouco afeito a dividir o poder e as responsabilidades.

* A Câmara tem muitos jovens vereadores, e poucos decanos. Por um lado é bom, pois oxigena, porém por outro perde em maturidade gerencial e administrativa. Luiz Geraldo me parece o vereador mais capacitado neste momento para estas funções. Isto não quer dizer que todos não possam fazê-lo, ao contrário, todos são capazes, pois para fazer o bem basta se querer. Mas é que algumas armadilhas existem nesta burocracia, e às vezes a experiência conta muito.

* É gratificante ver o esforço do Emanoel Fernandes recompensado. Bem como assistir a eleição do Dr. Adriano se concretizar. Bem como, ver Tamoios colocar um vereador na Casa de Leis.

* O fato é que temos novos nomes no cenário político de Cabo Frio, ao lado de alguns velhos nomes que mostraram o seu cacife. Que eles se entendam, e que sejam adversários apenas quando as campanhas chegarem, e não na condução dos mandatos para o qual foram eleitos. Ou seja, que eles não façam dos seus mandatos trampolins para vôos futuros, pelo menos não desde agora. A eleição tem a sua hora, e a República os seus Poderes. Que eles exerçam com dignidade e honradez este manto de poder que a República colocou sobre os seus ombros.

Um comentário:

  1. No cenário da vida pública o que primeiro se deve destacar é a origem da soberania do PODER. Dá proeminência aos candidatos sufragados nas urnas como se fosse resultado de sua própria vontade é dá um pontapé no traseiro da vontade democrática subjetiva. Há de se levar em conta que as RAPOSAS e suas "raposinhas" "vitoriosas", por força do afluxo de dinheiro, desdenhariam as uvas caso não lhes fossem colocadas à disposição pelos que a elas aderiram.

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