"Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR nosso Deus" (Sl 20.7).
Antigo hino avulso, muito conhecido dos evangélicos, diz: "A vida tem tristezas mil; / nem tudo é um céu de anil. / Mas contra a dor, que é tão sutil, / há um caminho só: confia em Deus, / que Ele sempre te ouvirá; / confia em Deus, que Ele nunca falhará. / Confia em Deus, e a negra nuvem passará. / Oh, não duvides, mas confia em Deus".
Realista, o poeta está certo: "a vida tem tristezas mil". Felizmente "a vida tem"; porque a vida não é feita só de "tristezas mil". Suponha que pudéssemos colocar todas as nossas tristezas no prato de uma balança. Mas a balança não é feita de um prato só, são dois. E no outro, o crente tem a confiança em Deus. E esta pesa muito mais. "Uns confiam em carros e outros em cavalos", disse o salmista. E o fazem em prejuízo de suas almas. Porque depois de algum tempo os carros se gastam e enferrujam, os motores enfraquecem, e a lataria apodrece; seu destino é virar sucata num ferro velho de fundo de quintal. Não conte com eles. E os cavalos?
Cavalos ficam doentes, envelhecem e morrem, além de empacar de vez em quando, mesmo tratados a pão-de-ló. Lembro-me de Rodrigo Pessoa, um dos maiores representantes do hipismo brasileiro, que era favorito para ganhar a medalha de ouro nas Olimpíadas do ano 2000, em Sidney na Austrália. Outras medalhas eram duvidosas, mas aquela, celebrava a mídia, era certa. Na hora H, seu cavalo, o alazão de nome charmoso - Baloubet du Rouet -, que até ali havia proporcionado muitas alegrias ao hipismo brasileiro, foi correndo, correndo... e parou justamente diante do obstáculo, frustrando não só o corredor, mas todo um país de torcedores. Confiar em cavalos pode acarretar decepção e derrota.
Sabendo da falibilidade de carros e cavalos, conscientes dos limites das ferramentas e armas humanas, os crentes juntam suas vozes às do salmista para cantar: "...mas nós faremos menção do nome do SENHOR nosso Deus".
Confiar no Senhor, e só no Senhor: eis a receita da vitória!
Pr. João Soares da Fonseca
Nenhum comentário:
Postar um comentário