Há alguns anos, o Instituto Gallup fez uma pesquisa no campo religioso para avaliar se as pessoas criam ou não na existência de Deus. Gallup descobriu, para surpresa de muitos, que apenas 4% da população mundial são declaradamente ateus. Parece que pouca gente quer para si a classificação de "tolo", dada pelo Salmo 14.1 aos que afirmam a não-existência de Deus.
A julgar, portanto, pelo resultado da pesquisa, o mundo deveria estar cada dia mais parecido com o paraíso. Afinal, se 96% dos seres humanos crêem na existência de Deus, isso deveria se refletir no cotidiano das pessoas. O Rio de Janeiro, por exemplo, deveria ser uma cidade menos violenta.
Crer, porém, na existência de Deus é uma coisa; viver de modo a agradá-lo é outra bem diferente. Aliás, foi esse o argumento de Tiago: "Crês tu que Deus é um só? Fazes bem; os demônios também o crêem e estremecem" (2.19). Os demônios não são ateus, mas ainda assim são demônios. Eles não são tolos; são rebeldes. Esse é um tipo de fé que se torna cada vez mais popular. É o que Tiago adjetiva como fé morta (2.17), fé estéril (2.20), fé imperfeita (2.22). Ou seja, não adianta crer certo e viver errado, como não adianta falar bonito e viver feio. Crer na existência de Deus é algo que precisa ser transposto da mente para o coração, da cabeça para o comportamento. É algo que deve interferir em nossa forma de cultuar, de trabalhar, de namorar, de fazer negócios, de viver em família, de atender ao telefone, de dirigir no trânsito caótico... Crer na existência de Deus pode ser um bom começo. Mas você não vai a lugar nenhum se der apenas um passo e ficar nisso.
Ademais, há o caso dos que crêem em Deus, mas à sua moda, e não à moda da Bíblia. Cuidado: Não fique encalhado na crença de que Deus existe; vá um pouco mais à frente; vá até a cruz, encare Jesus e assuma com ele um compromisso de vida e morte. E que Deus o abençoe!
Pastor João Soares da Fonseca
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