sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Você sabe votar?



Princípios para exercer o direito do voto
            Pr. Neemias Lima*
           
Em época de eleições, sou abordado por pessoas ligadas ao povo evangélico querendo saber como se deve votar. Entendendo que se trata de um ato de cidadania e que a liberdade de consciência de cada um deve ser respeitada, apresento princípios norteadores que creio para o momento.
Aqui, sintetizo para sua reflexão.

1º - Oração - Pode parecer pieguice, mas todas as ações de um cristão devem ser precedidas de oração. Não para pedir que vença esse ou aquele candidato, mas para receber sabedoria do céu para decidir. E também para pedir pelos próprios governantes que serão vencedores no pleito.

2º - Informação - Exercer esse direito sem o mínimo de informação é ser massa de manobra. Procure saber sobre o candidato, seus ideais, suas propostas e tudo que estiver relacionado à questão política.

3º - Conscientização - Sua ação deve ser praticada com a certeza de consciência de seus direitos e deveres. Nenhuma pressão deve ser aceita, nem medo, nem amizade, nem favores. Quando chegar à cabine, você estará sozinho. Só você e Deus sabem o seu voto.

4º - Competência - Eleger uma pessoa que não tenha competência para exercer o cargo é legitimar práticas que contrariem ao bom senso e atestar incapacidade de melhor escolha. Em contato com determinado candidato à Câmara fiquei estupefato: não sabia o orçamento da cidade e nem o número de habitantes. Imagine se aprofundássemos os assuntos!

5º - Credibilidade - Ninguém terá crédito depois de eleito. Caso sua trajetória é marcada pela falta de credibilidade não é uma vitória que mudará o quadro, pelo contrário, dará mais oportunidade para sustentá-lo. É gente que se pode acreditar, vote. Caso não, pule fora.

6º - Relacionamento - Como o pretenso candidato trata as pessoas deve ser avaliado por você antes de votar. Principalmente, os adversários. Falta de respeito, descuido com o vocabulário, agressividade não devem ser elementos presentes na vida de quem deseje representar o povo.

7º - Histórico - Não se deve votar apenas no novo na política, mas se deve avaliar, quando decidir por quem já tenha exercido cargos públicos, como foi sua trajetória anterior. Seu histórico aponta para alguém que foi responsável, cumpridor dos deveres, zelo e merece outra chance? Caso não, caia fora.
8º - Vida Moral - Há quem defenda que se deve apenas analisar sua capacidade política. Discordo. Suas ações no trato com a coisa pública será, em grande parte, senão totalmente, reflexo de sua vida moral. Inclusive quando se pensa nesta como sinônimo de conduta ética.

            São princípios que julgo importantes para o exercício da cidadania. Concordando, beleza. Discordando, tudo bem. Desejando acrescentar, acrescente. O importante é que amanhã votemos conscientemente.

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