terça-feira, 1 de março de 2011

Aveia Consagrada

Toda vez que vejo aquela carinha de um respeitável cavalheiro Quaker na lata de aveia, recordo-me da história de Henry P. Crowell (1855-1943).
Crowell tinha apenas 9 anos quando seu pai morreu de tuberculose. Aos 17, ele próprio contraiu a doença então fatal. Mesmo doente, conseguiu arrastar-se para ouvir Moody, que estava pregando em sua cidade, Cleveland. Ao ouvir Moody dizer "O mundo ainda está para ver o que Deus pode fazer através de uma pessoa totalmente dedicada a Ele", decidiu-se ser essa pessoa: "Eu sabia que nunca pregaria como Moody; mas eu poderia ganhar dinheiro e sustentar obreiros como Moody", pensou. E orou: "Ó Deus, se preservares a minha vida e me permitires ganhar algum dinheiro para usar em teu serviço, omitirei meu nome para que a glória seja tua". Pouco depois, lendo Jó 5.19 ("De seis angústias te livrará, e na sétima o mal te não tocará"), Crowell entendeu que o Senhor o curaria. Como, de fato, curou.
Recuperada a saúde, o jovem começou a seguir seu faro comercial. Bem investindo o patrimônio da família, abriu empresas, diversificou, inovou no mercado. Alguns vizinhos Quakers estavam vendendo um moinho. Crowell
foi lá e o adquiriu; queria produzir cereais em massa. Assim nasceu a lucrativa Companhia de Aveia Quaker.
Descobriu o mapa da mina. Mas Crowell levava Deus a sério. Não era apenas dizimista; dava muito mais que isso. Ele transferia de 65 a 70% de sua receita para a causa de Cristo. Foi um dos pilares de sustentação do Instituto Bíblico Moody, de Chicago. Ajudou a criar a Imprensa Moody, a revista Moody e vários ministérios de rádio. Pouco antes de falecer, em 1943, ele desafiou os líderes do referido Instituto: "Pensem em grandes coisas para a glória de Cristo".
Nesses dias tumultuosos, de banco quebrando, de bolsa caindo, meditemos nas palavras de Cristo: "Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mt 6.21).
Pr. João Soares da Fonseca

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