quinta-feira, 6 de abril de 2017

A menina de Naamã


            Ninguém sabe seu nome. Além de menina, era hebreia e estava cativa como escrava na Síria. O quadro em que se encontrava era propício para desenvolver ódio, amargura e desinteresse pelos outros. Mas ela é feliz. É altruísta. É garbosa.
            Trabalhando duro como serva da esposa de Naamã, chefe do exército da Síria, fica sabendo da doença incurável de seu senhor. Poderia se alegrar com isso, afinal é mais fácil esse caminho com aqueles que nos causam mal. Mas ela não age assim. Em vez de amargura, destila paz e alegria. Declara convictamente à patroa: “Ah, bastaria meu amo se apresentar ao profeta de Samaria! Ele o livraria da lepra” - II Reis 5.3.
            Sua palavra é tão impactante que convence a patroa. O impacto é tão grande que a patroa informa ao esposo, que também é convencido. Fala com o rei, que também é convencido. Percebe o impacto das palavras de uma menina? Naamã toma as providências junto ao rei, viaja a Samaria, se apresenta a Eliseu, o profeta, e o milagre se concretiza. Tudo começou com uma declaração de uma menina.
            Quando a vida lhe oferecer um sofrimento, faça dele uma oportunidade para abençoar outras vidas que sofrem mais do que você. Quando uma tragédia alcançar sua trajetória, procure descobrir se não é uma porta permitida por Deus para que outras vidas sejam transformadas.
            Ninguém sabe o nome da menina, mas poderia se chamar Esperança.

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