quarta-feira, 5 de abril de 2017

Naamã

            Ele era uma espécie de general do exército da Síria. Homem de grande importância, comandava soldados e tinha grande influência por onde passava. Mas estava leproso. E a lepra humilhava-o, diminuía-o e o deixava extremamente abatido.
            Em suas aparições públicas, parecia um gigante e, por certo, amedrontava. Imponente, era assediado e atraía gente para estar perto dele. Mas, ao chegar à casa, e tirar a farda, sua dor se manifestava e se sentia como um verme. Uma menina cativa em sua casa e seu destino começa a mudar. Um profeta em Israel e o milagre se concretiza.
            Mas outra doença precisava ser vencida em sua vida, o orgulho. Ao se deslocar à Samaria para encontrar-se com o profeta, pensava ser recebido com pompas e, abarrotado de presentes, é esnobado pelo profeta, que o ordena mergulhar sete vezes nas águas do Jordão.
            Reage: “Não são porventura Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles, e ficar purificado? E voltou-se, e se foi com indignação” - II Reis 5.12. Indignado, quer voltar. Seus assessores o convencem. Aceita. Mergulha. É curado. Quer pagar por isso. Mais uma vez é esnobado, profeta que é profeta não cobra pela profecia.
            Naamã pode ser você, posso ser eu. Bonito por fora, podre por dentro. Gigante lá fora, pigmeu dentro de casa. Deixemos o orgulho e mergulhemos na água da vida, Jesus Cristo.

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